quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Piada? É!

   A interpretação de texto é algo tão importante na vida das pessoas que pode fazer com que alguém seja inserido ou não dentro de uma comunidade. Não é chato não saber o que falar sobre determinado assunto? Ou não compreender algum comentário de um amigo? Pois é.
   Mas a situação é tão feia nos dias de hoje que às vezes até em situações básicas isso acaba acontecendo. Qualndo uma pessoa, por exemplo, está fazendo uma brincadeira com outra e esta nem percebe.
   Por isso, decidi, desta vez, postar uma piadinha que eu adoro! Porque as piadas também fazem parte desta inserção no mundo da comunicação.
   =)

  
Manoel teve um filho e foi registrá-lo:
- Que nome você gostaria de dar ao seu filho?
- Arquibancada do Vasco.
- Mas como Arquibancada do Vasco? Você não sabe que esse tipo de nome é proibido? Seu filho não pode ter esse nome.
- Mas por que não? É um nome normal como qualquer outro. Meu filho tem até um coleguinha com um nome semelhante...
- Seu Manoel, isso é proibido. Eu não posso fazer isso. Vamos ver, qual o nome do coleguinha de seu filho?
- Geraldo Santos.

Retirado de www.piadas.com.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Expectativa em alta

   Eu acredito que uma das minhas grandes dificuldades é a minha alta expectativa diante do mundo. Eu sempre espero o melhor dos outros o tempo todo, mesmo que isso, naquele momento, não seja possível. Acabo me machucando, é óbvio. E ultimamente, ando treinando baixar a ansiedade e ser mais realista, para que os tombos sejam menores.
   Se essa é a melhor solução, eu não sei. Vou descobrir depois. Mas hoje me parece o caminho mais adequado. E aí eu me lembrei de um texto do Fernando Sabino que fala sobre a simplicidade.  E que é lindo e sensível e eu adoro! Ah! Se as coisas fossem mais simples, quanto sofrimento não seria evitado! Aliás, estou lendo um livro ótimo dele. Assim que eu terminar, se achá-lo bom - possivelmente, eu indico. Até agora estou gostando. 
  Boa leitura, gente! =)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que se vê... é realmente real?

   Quem me conhece sabe que eu sou um bocado filosófica. Pedante, às vezes. E, pra ajudar, é início de ano e eu estou de férias. Já dizia a sabedoria popular: "cabeça vazia, oficina do diabo". Não que eu esteja pensando asneiras. Mas atire a primeira pedra quem nunca teve aquelas ideias estúpidas.
   Uma das minhas resoluções de ano novo - e por ser de ano novo dá até um frio na espinha porque elas nunca chegam até o fim do ano vigente - é tentar transformar todas essas ideias absurdas que passam pela nossa cabeça em coisas boas. Andei reparando que a gente nunca está contente com nada e me incluo nisso. Estamos tristes porque o emprego não é o que esperávamos, a família só briga e não nos compreende, o parceiro é um cabeça-oca que não compra flores há 10 anos, a menina com quem se está saindo é vesga, o salário é sempre uma mixaria e por aí vai. Quando se vê, estamos reclamando até das coisas boas. Acho sim que é dever do cidadão lutar por seus direitos. Mas não é possível que nada nos agrade. Até parece que não existe doçura nesta vida!
   Aí me lembrei de um texto sensacional do Rubem Alves. Ele fala que o segredo está na forma como utilizamos nossos olhos. As crianças, por exemplo, ao ver uma folha, enxergam uma nave... exemplo tosco este meu, mas é mais ou menos assim: ver a solução, quando existe problema.
   Acho que meu ano vai ser mais leve e mais feliz se eu tiver sucesso na minha empreitada. Quer tentar comigo?

   A complicada arte de ver, de Rubem Alves

sábado, 1 de janeiro de 2011

Tudo novo... de novo!

   Todo início de ano, as pessoas sentem em seus corações a esperança renascer. É momento de recomeçar. É quando tudo aquilo que não tinha remédio, de repente, encontrasse caminho para a cura. Gosto disso, acho que a vida, às vezes, pode ser muito amarga e nada como um pouquinho de doçura pra dar força pra gente seguir adiante.
   Começaremos o ano com um poema lindo do Carlos Drummond de Andrade. Esse cara é demais. Vou falar melhor sobre ele em outros posts, podem aguardar. Mas acho que o Drummond, no texto abaixo, conseguiu resumir de forma poética e clara o que é preciso fazer pra que tenhamos realmente uma mudança significativa na vida de cada um de nós. 
   Espero que gostem!
   E feliz 2011 pra todos nós! =)

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

(Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.)