terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que se vê... é realmente real?

   Quem me conhece sabe que eu sou um bocado filosófica. Pedante, às vezes. E, pra ajudar, é início de ano e eu estou de férias. Já dizia a sabedoria popular: "cabeça vazia, oficina do diabo". Não que eu esteja pensando asneiras. Mas atire a primeira pedra quem nunca teve aquelas ideias estúpidas.
   Uma das minhas resoluções de ano novo - e por ser de ano novo dá até um frio na espinha porque elas nunca chegam até o fim do ano vigente - é tentar transformar todas essas ideias absurdas que passam pela nossa cabeça em coisas boas. Andei reparando que a gente nunca está contente com nada e me incluo nisso. Estamos tristes porque o emprego não é o que esperávamos, a família só briga e não nos compreende, o parceiro é um cabeça-oca que não compra flores há 10 anos, a menina com quem se está saindo é vesga, o salário é sempre uma mixaria e por aí vai. Quando se vê, estamos reclamando até das coisas boas. Acho sim que é dever do cidadão lutar por seus direitos. Mas não é possível que nada nos agrade. Até parece que não existe doçura nesta vida!
   Aí me lembrei de um texto sensacional do Rubem Alves. Ele fala que o segredo está na forma como utilizamos nossos olhos. As crianças, por exemplo, ao ver uma folha, enxergam uma nave... exemplo tosco este meu, mas é mais ou menos assim: ver a solução, quando existe problema.
   Acho que meu ano vai ser mais leve e mais feliz se eu tiver sucesso na minha empreitada. Quer tentar comigo?

   A complicada arte de ver, de Rubem Alves

3 comentários:

  1. Eu já li este texto, acho... vc tinha me mostrado uma vez.
    E vc não é pedante, errou na palavra.
    Filosófica? Com certeza... mas tbm tem tudo a ver com o Rubem...
    Bjoss

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  2. Pedante!Você?! Não a vejo assim.
    Reclamar é um vício de todos os insatisfeitos.Cada um enxerga aquilo que quer. Somos garimpeiros na vida,alguns acham ouro no lixo, outros acham lixo no ouro. Tudo depende de nós...
    bjs Lais

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  3. Não digo que temos seguir a risca o Jogo do Contente do livro da Pollyanna mas tentar né?

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