segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Crime em pauta e em papel

   Falar de leitura é algo muito complicado porque em nosso país não há incentivo - do governo, num primeiro plano e num segundo, da família. E para não ficar enfadonho, é preciso chamar atenção das pessoas com uma produção muito boa. É como convencer uma criança a fazer o que ela não quer: ofereça um doce, um brinquedo, uma brincadeira, que tudo se ajeita. Afinal, não posso errar. Isso faria um possível leitor transformar-se num bocó.
   Para convencer meus alunos a ler, preciso de muita inspiração. E quem sempre me socorre nestes momentos é a Agatha Christie. Os textos dela não são difíceis de ler - e o melhor - são divertidos e criativos.  Ela já vendeu mais de dois bilhões de livros e foi apenas ultrapassada pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare. Ou seja: sucesso total. Mas não pense que o começo foi fácil: muitas editoras recusaram publicar seu primeiro livro e quando ela mesma já tinha se esquecido de que tinha escrito alguma coisa, uma das editoras entrou em contato e o editou. Vendeu apenas 2.000 exemplares (para mim, seria muito pra uma primeira vez) e assim começou uma carreira que durou muitos anos. Estima-se que suas obras foram traduzidas para mais de 50 línguas e uma de suas peças de teatro foi a obra que mais tempo ficou em cartaz na história do teatro. Enfim, a mulher é fera!
   Ela escreveu muitas coisas, mas ficou famosa pelos romances policiais. Trabalhou como farmacêutica na Primeira Guerra Mundial, portanto sabia muito sobre venenos. Isso a ajudou a construir suas histórias. O segundo marido era arqueólogo e, para acompanhá-lo, viajou muito. Resultado: mais ideias bacanas.
   Mas o que me chamou atenção na história dela é que quando pequena ouvia as histórias do Arthur Conan Doyle (sim, o autor das obras de Sherlock Holmes!) contadas pela irmã mais velha. E, em certa ocasião de enfermidade, a mãe incentivou Agatha a escrever, pois a ainda menina não podia sair da cama. Descobriu-se, desde então, o talento para escrever...
   Fiquei pensando quantos dos meus alunos não seriam "Agathas enrustidos"... Que felicidade se fossem, não? Isso prova que o incentivo desde pequeno é de importância incomensurável.
   Depois de saber um pouquinho dela, deixo minhas indicações... Pretendo ler mais coisas dela e assim que isso acontecer - minhas férias serão regadas a livros, ueba! - dou um alô pra vocês.

"Assassinato no Expresso Oriente" e "Assassinato no campo de golfe"

Boa leitura! =)

4 comentários:

  1. E fui eu quem indicou. Quanto orgulho!!! =D

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  2. PS: tá faltando uma foto, um vídeo, um trailer do filme... Amiga, estamos na internet, coloca alguma coisa pra chamar a atenção aeeee =D

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  3. Eu gostei dos livros dela ( tudo bem eu li só dois mas mesmo assim)Eu acho que ela tem um dom pra isso =)

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  4. Só gostei dos primeiros, depois ela ficou muito detalhista acho que é a idade......

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